“É uma estupidez”, dispara Simoninha sobre comparações com seu pai, Wilson Simonal
O cantor Simoninha, filho do compositor e músico brasileiro Wilson Simonal, falou sobre as comparações que fazem com seu pai. Em entrevista para o produtor musical Clemente Magalhães, do canal Corredor 5, o artista contou que consegue lidar bem com as comparações, mas as classifica como estupidez.
“A comparação sempre é cruel. Por exemplo, eu que sou filho de um artista, quando comecei as pessoas falavam: ‘ah, é muito fácil você querer cantar, você querer ser artista e ser filho do Simonal’. Primeiro que eu acho desse entendimento uma ignorância no sentido de desconhecimento”, pontua Simoninha que contextualizou sobre como seu pai era visto há alguns anos.
Segundo o cantor, atualmente Wilson Simonal é uma figura amada e reverenciada, mas nem sempre foi assim. “Há pouco tempo atrás, ele era um cara muitas vezes odiado, um cara que foi apagado da história da música popular brasileira. Então, quando eu surgi na música, muita gente veio conhecer o Simonal pelo meu trabalho e pelo trabalho do meu irmão, Max de Castro”, comenta Simoninha.
Clemente Magalhães também pontua que faz parte do grupo de pessoas que não entendiam o motivo de parte da história de Wilson Simonal ter sido apagada. “Eu fico até arrepiado, porque é como se não tivesse existido e em algum ponto aquilo passa a ser um assunto da história e ela passa a ser recontada. Minha geração só conheceu por causa dos trabalhos que vocês fizeram”, destaca o entrevistador.
O início da “Trama”
Simoninha ainda contou como a gravadora Trama teve início. Criada em 1998, ano em que a música eletrônica ganhava mais força no Brasil, a iniciativa não só fomentou a cena independente, como investiu na música eletrônica aqui no país. Foi reconhecida também por ser pioneira em soluções contra os downloads ilegais de música com a criação dos projetos “Álbum Virtual” e “Download Remunerado”.
“As coisas foram se conectando. Por que a gente não monta uma gravadora? Ao mesmo tempo eu falava para o Jair: ‘A gente precisa fazer alguma coisa. A gente precisa tocar’”, lembra Simoninha que em pouco tempo reuniu uma turma de amigos e formou o “Artistas Unidos”, disco que foi lançado pela Trama em 1999 reunindo nomes como Pedro Mariano, Max de Castro, Daniel Carlomagno, Jair Oliveira e Luciana Mello.
Vale ressaltar que a Trama foi a responsável por destacar na cena talentos que configuravam a nova cara a MPB, como Otto, Fernanda Porto, Metrô, Rappin Hood, Patrícia Marx, O Teatro Mágico, Cansei de Ser Sexy, Câmbio Negro, Rumbora, entre outros.
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